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Natural de Luanda, Samuel Quitadi cedo se interessou pela expressão através da cor e imagem, pelo que com 21 anos já era membro da União Nacional dos Artistas Angolanos e já contava com uma exposição em Luanda.
Mais
tarde, conhece Fernando Caterça Valentim, pintor angolano cuja arte se
inspira com paixão nos motivos angolanos e os dois partilham visões e
experiências. Na procura por diversificar os seus conhecimentos e ganhar
domínio noutras técnicas, Quitadi estabelece-se em Portugal e ingressa
em Artes Visuais na Escola António Arroio.
Angola
e as suas origens são para si a sua fonte de inspiração, pelo que a sua
obra recupera e recria o mundo rural em que cresceu, representando
objectos e formas em cores quentes. A atmosfera, o ritmo e até mesmo os
cheiros das memórias vividas figuram nos seus quadros. Representam tanto
a beleza como a "bonomia" da cultura Africana.
É
de forma brilhante que transcreve a fluidez do movimento, a intensidade
do olhar, a pele pincelada em marrom dourado, beijada pelo sol. Os seus
personagens são como que transportados por um turbilhão de calor, como
um prisma que decompõe a luz numa infinidade de toques coloridos. Os
detalhes e nuances são tão harmoniosos que cobrem a tela em toda a sua
extensão.
