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Maria Rocha Vargas é natural de Lisboa. Dos seus tempos de infância recorda as frequentes viagens com os pais, durante as quais visitavam inúmeros museus, especialmente de arte, o que fez com que cedo despertasse a sua sensibilidade artística. São os pintores do renascimento, Salvador Dali e também Paula Rego que a inspiram, sendo esta última a sua maior influência. Deixando de parte os cânones habituais da beleza em prole de impressões e registos mais autênticos.
Apaixonada pelas artes, Maria teve aulas de pintura a óleo, em Espanha, e pintura em Azulejo, em Lisboa. Começou a sua carreira restaurando fachadas antigas e cobrindo-as com pinturas que oferecem peculiares ilusões de óptica. No entanto, ao longo do tempo, o trabalho da artista evoluiu e começou a concentrar-se no que mais a atrai: os retratos. Nessa altura surgem as primeiras exposições.
As obras de Maria Rocha Vargas narram a sua própria vida, uma vida em que os animais substituem os humanos (pintura antropomórfica). A artista admira a sua inteligência e purza, e inveja a sua liberdade. Mesmo na escola, quando olhava pela janela, sonhava ser como eles.
As suas obras retratam situações da vida quotidiana, em que às vezes aparece sob o disfarce de uma jovem. Com seriedade e com humor, são recriadas expressões calorosas, surpresas ou espantos nas suas personagens. Fiel a si mesma, Maria Rocha Vargas oferece obras de "fábulas felizes", em acrílico sobre tela, num estilo à parte de qualquer escola, incentivando-nos a contemplar e observar a beleza de cada momento da vida.
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