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Nadia Martina Michelin nasceu no universo da pintura: o seu avô era desenhador e escultor em Buenos Aires. Tinha apenas seis anos quando a família deixou a Argentina para ir viver para Paris. A riqueza cultural da capital francesa foi uma benção para o futuro da artista. Nadia passa os domingos nas salas do museu do Louvre, com os seus cadernos de desenho debaixo do braço e os lápis no bolso.
Apesar da sua tenra idade, admirava Velasquez (século XVII) e passava horas a copiar a obra de arte barroca do pintor espanhol, como "L'Infante Marguerite", mas a sua verdadeira aprendizagem começou quando regressou a Buenos Aires. Martina descobre que a pintura é a grande paixão da sua vida e dá os primeiros passos no mundo maravilhoso da arte.
Em 2008, no fim dos seus estudos na escola de arquitectura e urbanismo, a artista instala-se em Cumbre, uma pequena vila perdida na Serra de Córdoba. Este isolamento responde à sua necessidade de desenvolvimento espiritual. O espaço imenso e selvagem da montanha sul-americana inspira-a para a sua primeira série de telas que baptiza com o nome "Melodia do Silêncio". Nas suas paisagens de grande formato, Nadia tenta capturar em acrílico os estados de alma condizentes com os diferentes momentos do seu dia-a-dia.
A pintora volta à Europa em 2011 e desta vez instala-se em Itália. Este regresso marca uma nova e importante etapa no seu percurso criativo. Ao escutar o seu coração é fascinada pelas ambiências da costa marítima. Nadia passa a exprimir em linhas e em contrastes toda a subtileza das suas emoções. Sobre os suportes em material reciclável, como a tela de juta, ela convida as cores a dançar ao ritmo da sua imaginação. Entre o realismo e o fantástico, a sua arte combina a vida e o sonho.
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